Depois de ter lido no Público, há uma semanas, que o partido de Sarah Wagenknecht era mais ou menos de esquerda na economia e políticas sociais, e mais ou menos de direita, entre outros exemplos de que me esqueci, por ser anti-Nato -- o idiotismo populista jornalístico em elevado grau... --, li há dias, no Diário de Notícias, um exemplo de desinformação russa ou instilada pelos russos: a ideia de que que a Rússia nunca entrará em guerra com a Nato por sua iniciativa.
Qualquer bivalve percebe que uma acção dessas acarretaria a resposta que se imagina; ao querer apresentar a tese de que isto constitui propaganda russa para desmobilizar os "europeus", estão a ser eles próprios agentes de desinformação -- sabendo-o, pois não se pode ser tão estúpido, a partir de certo patamar. Além disso, a prosápia de Trump sobre o tema não convenceu ninguém com dois dedos de testa, a começar pelos então apoiantes de Biden. A este embuste, que os plumitivos ajudam a espalhar, chamamos o quê -- jornalismo de referência.
Claro que há exercícios de prospectiva: quem sabe o que acontecerá daqui a duas gerações, ou até no próximo ano? Ninguém. Daqui a duas dúzias de meses, pode até ter deixado de haver UE, ou a Rússia como a conhecemos hoje -- ou mesmo os Estados Unidos. Mas isso não é jornalismo e muito menos informação.
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