Não é o sotaque à Speedy Gonzalez do infeliz Borrell;
ou o que se passará na cabeça impressionável duma juíza que libertou um facínora nazi para "combater os russos" na Ucrânia, onde estão muitos da mesma laia -- nomeadamente em Mariupol, onde tentaram sequestrar a população;
nem sequer um empregado de mesa dum restaurante que frequento, que já se ri ao ver as notícias da mortandade (quantos milhares de soldados russos mortos é que já são?...), e das pesadas derrotas infligidas pelas forças ucranianas, quando têm o país feito em cacos (sem que o comum dos cidadãos perceba porquê);
ou ainda, já esta noite, que o Pentágono (o Pentágono...) vai a judar a investigar os crimes de guerra dos russos na Ucrânia, com direito a declarações do director-geral, e anúncio de candidez bovina na televisão;
-- não, não foi isso que me fez rir nas últimas horas de cobertura idiota desta guerra -- valha-nos os generais, que um alucinado já qualificou de traidores (!);
o que me fez rir mesmo foi ouvir o m-general Agostinho Costa dizer a a uma jornalista e a uma senhora muito pia, que costuma andar para ali os comentários, que os russos não iriam desperdiçar um míssil de cruzeiro num centro comercial. Disse-o na altura, sem conseguir evitar o riso; há pouco ouvi outro m-general, Carlos Branco, referir-se aos lança-mísseis (se estou a designar correctamente) que ali estavam colocados, e no paiol em que aquilo tinha sido transformado, visível pela coloração do fogo depois da explosão;
mas o pior de tudo foi eu me ter rido com vontade após ouvir na rádio a locução emocional relatando a morte de um sobrevivente dos campos de extermínio nazis, com 92 anos, e a tradução do comunicado do ministério da defesa ucraniano. qualquer coisa como "sobreviveu a Hitler, mas não sobreviveu a Putin!"
Eu que sigo com interesse o que se passa, já levei ao limite a minha capacidade de indignação com a desinformação mais vil a que alguma vez assisti. E até a propósito da morte dum sobrevivente do Holocausto estes cabrões me fizeram rir...
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