quinta-feira, março 03, 2022

nazis e ópera, animais e Nietzshe, com um pouco de 'orientalismo', terminando em Lucky Luke (ucranianas XXXIII)

No café: CNN internacional, Ópera de Odessa barricada com sacos de areia, tal como na II Guerra. Repórter entrevista alguém comovido, e diz: "mas nessa altura vocês estavam a combater os nazis"; resposta: "e agora também estamos". Não é maravilhosa esta identificação russo = nazi? Ainda bem que já não estamos sujeitos a propaganda disfarçada de jornalismo. Os nossos líderes protegem-nos.

Por falar em nazis: a guerra é um fenómeno bestial, a animalidade do ser humano vinda ao de cima na sua forma mais crua (há outras menos expostas às claras, como a cupidez e a vontade de poder, esse animalesco conceito nietzschiano -- animalesco, porém verdadeiro). Li/ouvi: que em Mariupol está o Batalhão de Azov, os neo-nazis, nossos aliados no mundo livre; e que um destacamento tchetcheno se prepara par os combater do lado russo. Ora o meu orientalismomalgré Said, diz-me que será uma carnificina de parte a parte. Tenho pena de recorrer ao lugar-comum, mas as forças em presença a isso me leva.

Análise de pacotilha: Putin tem medo que a Ucrânia seja contaminada com os hábitos ocidentais das sociedades democráticas. 

A última pergunta do ministro Lavrov. Falemos sempre nos milhares de mortos da guerra do Iraque e dos fora de dúvida criminosos de guerra de então. Crimes de guerra agora -- para além do crime contra a humanidade que significa qualquer guerra -- ainda não dei por nenhum. Se alguma alma pia quiser ter a bondade de me esclarecer, sem papaguear telejornais, fico desde já penhorado.

Devo ler demasiada BD: ver e ouvir o Biden no Capitólio transporta-se imediatamente para um saloon do Morris, para uma história do Lucky Luke. Estou sempre à espera de o ver puxar o cilt, tiros para o ar, com um sonoro yipee!... 

ucranianas

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