1. Nesta altura do campeonato, até os distraídos já perceberam a guerra entre os Estados Unidos e a Rússia. Claro que nem todos. Este fim-de-semana, uma jornalista do "internacional", Márcia Rodrigues (RTP), perguntava a um pacífico comentador como explicava ele a "capitulação" do exército da Rússia -- "capitulação", o que somos obrigados a ouvir; na sic, um Henrique Burnay (creio que é este o nome) dizia que a Ucrânia fizera uma "opção pelas democracias" e que os russos não gostaram. Assim, com esta candidez. Já o sempre atento Bernardo Pires de Lima, na Antena 1, depois de muito instado a responder se não havia aqui também uma luta em torno dos recursos, como o gás natural, lá teve de dizer: "Mas sempre houve!" Ah... Afinal, a muito custo, pese embora os militares, em geral, que têm demonstrado e problematizado o conflito num grau de complexidade que não se compadece com "análises" saloias à Milhazes, lá vão lentamente admitindo que o choque que aqui se dá é entre dois imperialismos, um na defensiva (a Rússia) outro ao ataque (os Estados Unidos). É muito complicado, não é?, tudo ao contrário do que parece: a Rússia ataca, e está na defensiva... Esoterismos... Por isso tem sido tão fácil enganar as pessoas.
2. o cartoon de Thais Linhares (daqui)
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