Abencerragem: AH AH AH!, caraças...

segunda-feira, janeiro 11, 2021

AH AH AH!, caraças...

os títeres...

11 comentários:

Jaime Santos disse...: Refere-se concretamente a quem ;) ?

Mais a sério, olhe que a comparação é macabra mas verdadeira... Onde sobram os fachos, sobra a morte...

Não era o outro que dizia 'abaixo a inteligência, viva a morte'?; 3:33 da tarde
R. disse...: Ele qualquer dia convence-se de que é mesmo facho...; 8:30 da tarde
Jaime Santos disse...: Na verdade, não passa de um oportunista reles, mas o Trump também o é, e olhe no que deu... Words have meaning e esta gente é perigosa só pelo que diz, porque o que diz influencia as ações de terceiros...

Como eu digo sempre, a boa educação não é apenas boa educação. É essencial para a convivência democrática. Há gajos que mereciam ser mandados àquela parte, Ventura incluído? Claro que há, mas perdemos a parada no momento em que descemos ao nível deles...; 11:50 da manhã
R. disse...: Percebo o que diz, mas nem todos têm o estatuto de Marcelo, ou mesmo de Ana Gomescom o seu esgar de nojo. O Tiago Mayan foi bastante eficaz, at´r porque não é da esquerda; mas continuo a achar que a Marisa Matias, ao contrário do que eu temia, esteve bem nos nomes que chamou ao boi.; 7:28 da tarde
Jaime Santos disse...: Não, Marisa não insultou Ventura, chamar-lhe mentiroso, covarde e vigarista é simplesmente constatar a realidade.

Muda de opinião vezes sem conta, não aplica a si próprio a mesma bitola que exige aos outros, lidera um Partido com ligações perigosas (na reportagem de ontem da SIC mostrou-se que um luso-americano que financia o Chega é afinal um ex-vulgar ladrão, sendo duvidoso de onde vem a sua fortuna, dos tais a quem Ventura cortaria as mãos, ou não, parece que afinal é adepto da sharia :) ).

Só que isso é levar a discussão para o nível dele. Não é preciso chamar-lhe nada disto, basta expor-lhe as trapaças... Que foi o que Gomes fez (a cara dele quando ela referiu que tinha ajudado o patrão de Sócrates a fazer planeamento fiscal agressivo :) )...; 8:45 da tarde
R. disse...: Essa foi muito bem metida, de facto; e a coisa mais simples é expor-lhe as piruetas. Gostei da dureza da Marisa como gostei da assertividade do Mayan; o menos eficaz foi o João Ferreira, apesar de lhe ter dito também umas boas, mas entrou no domínio do despique dos decibéis. O Tino foi sublime com as pedrinhas atiradas para cima da mesa. Mas Marcelo, pelo calo e pelo estatuto, acabou por ser o que melhor estocou o Ventura.; 12:27 da manhã
Jaime Santos disse...: Marcelo pôs Ventura a dizer que era racista :) . O homem até gaguejou quando percebeu a calinada que tinha acabado de dizer...

E depois, como bem notavam Daniel Oliveira e Pedro Marques Lopes no último 'Eixo do Mal', a Direita é que está melhor qualificada para derrotar Ventura, porque é por ali que passa a linha vermelha.

Muito embora eu ache que existem razões para lhe ilegalizar o Partido, não sei se é a atitude mais inteligente nesta fase. O TC considerou o programa do Chega como legal, mas Ventura não se tem cansado de alargar o universo do discurso com as mais delirantes propostas (da qual porventura a mais sinistra é o confinamento de ciganos, tresanda à política dos nazis em relação aos judeus ou aos próprios roma e sinti).

Jaime Nogueira Pinto diz que são só bojardas (castração, etc), mas como vimos no caso de Trump, a quem diziam que os apoiantes tomavam seriamente mas não literalmente, devemos tomar estes senhores à letra (Nogueira Pinto é parte interessada, embora eu não perceba como alguém tão inteligente pode apoiar Ventura, se calhar anda a armar-se em Von Papen, e esse era bem menos experto do que julgava).

Em primeiro lugar, porque ironia não é algo de que sejam capazes e em segundo e mais importante, os exemplos existentes mostram que eles acabam sempre a fazer o que defendem...; 2:31 da manhã
R. disse...: Eu creio que o Ventura seria um Trump em potência, alguém que não tem o menor escrúpulo em face da ambição pessoal de notoriedade e poder. Mas eu acho que ele, mais cedo que tarde, vai-se despistar numa curva qualquer. É sem dúvida inteligente, mas muito verdinho, incha num instante, o que vai trazer-lhe problemas, assim espero.

Em relação ás atoardas: eu não percebo por que razão o Ministério público não actuou contra ele na história do confinamento. É verdade, tem imunidade parlamentar, e seria um mau princípio começar-se a levantá-la por causa de opiniões.

Quanto ao programa, não faço ideia, mas suspeito que esteja tudo bem ordenado, de acordo com a lei.

Tive pena que não se tivesse insistido suficientemente com a questão dos financiadores dele.

Houve, por parte de alguma esquerda tanta histeria com o Ventura -- também aqui somos provincianos, também queríamos ter um extrema-direita no parlamento -- que ele se alimentou dessa poderosa energia, tornando-se o verdadeiro centro de atenções da política nacional.

a minha esperança é que se esvazie ou se centre; porque há bem pior que o Ventura, e estão á espreita; 3:11 da tarde
Jaime Santos disse...: Eu creio que erramos ao considerar que Ventura é verde ou que ferve em pouca água ou que há piores do que ele (claro que há, mas não têm a sua eficácia).

Tal como com Trump, estas características não são defeito e sim feitio. O discurso de Ventura é puro pathos. Quem o segue e nele se revê está-se nas tintas para a lógica, a coerência, etc.

E sim, Trump despistou-se com estrondo na gestão da pandemia. Depois de chegar ao poder. E ainda assim teve agora mais 11 milhões de votos do que em 2016...

O ressentimento, o anti-intelectualismo e a vontade de dar uma lição aos bem-pensantes (que às vezes são meramente os bem-educados) podem ser forças muito poderosas, mais do que o interesse económico ou o bem-estar daqueles que apoiam estes demagogos.

O objetivo destes últimos é pois pôr todos a comportarem-se como alarves...

Daí a necessidade da preservação da decência, a começar com a decência da própria linguagem...

http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2021/01/ao-milimetro-na-linha-de-trump-e.html; 12:39 da tarde
R. disse...: De qualquer modo dizer-lhe na cara o que ele é, vigarista, troca-tintas, cobarde, não é um excesso de linguagem.; 10:20 da tarde
Jaime Santos disse...: Não, não é, é uma mera constatação de um facto, facilmente demonstrável por inúmeros exemplos :) ...; 11:03 da tarde

A Guerra da Ucrânia, entre a Rússia e os Estados Unidos

1. Os humoristas de serviço pretendem que é uma luta de valores entre o mundo liberal e o iliberal. Humor negro, porque o único valor que o financismo e o complexo militar-industrial conhecem é o do "deus-dólar" (Eça de Queirós). Dirigidos por estes, os Estados Unidos procuraram neutralizar a Rússia, seu único rival militar, minando-a por dentro e desestabilizando as repúblicas vizinhas que ainda não estavam integradas na Nato: Geórgia, Cazaquistão, Ucrânia. Os bidens e os johnsons não passam de marionetas ao seu serviço. Tudo estava a ser preparado com a Clinton; o Trump, bilionário autossuficiente, foi um parênteses. 2. A Rússia sempre se dividiu historicamente entre o eslavismo antiocidental (Dostoievski, Soljenitsine) e a abertura ao Ocidente. A boa-fé e o ímpeto ocidentalizante foi torpedeado pela própria avidez dolarística. Diz-se que Putin, até aí defensor de uma cooperação, mudou de opinião quando assistiu à barbárie do Iraque e da invenção do pretexto da existência de armas de destruição maciça pelo selvagem do Saddam Hussein, tentando a administração americana, debalde, enganar o Mundo, mas enganando boa parte dos próprios concidadãos. Ou seja, Putin percebeu que a cúpula política norte-americana estava nas mãos de patifes notórios em quem não se podia confiar. A Rússia violou o Direito Internacional? Sim, claro, fazendo uma guerra preventiva. 3. Por razões que me escapam, a cúpula política ucraniana, foi ou quis-se enredada nesta estratégia suicidária, sacrificando o povo aos interesses geo-financeiros dos EUA. As zonas de influência sempre existiram e continuarão a existir; faz parte do poder dos impérios. A União Europeia transformou-se numa vassala dos americanos e uma extensão política da Nato, um péssimo serviço ao projecto europeu.

M. Teixeira-Gomes (1860-1941)