Marcelo Rebelo de Sousa-Tiago Mayan Gonçalves. Poderia ter sido muito mais interessante, se o moderador soubesse moderar. Pelos vistos, não sabe. É extraordinário. Fantasias extremoliberais à parte (partilham com a esquerda uma ideia mirífica de que o bom senso se autorregula nas sociedades bem organizadas), gostei de ouvir o liberal de serviço. Mesmo assim, com entrevistas paralelas..., até agora o melhor debate, com pontos marcados dos dois lados. A maquinação das eleições para as CCDR's, com a passividade de Marcelo foi muito bem metida.
segunda-feira, janeiro 04, 2021
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5 comentários:
Sim, é curioso, o bom senso auto-regula-se, mas não para as mesmas coisas... Donde se conclui que Esquerda e Direita Liberal partilham do mesmo otimismo, mesmo se aplicado a compartimentos distintos.
O que quer naturalmente dizer que os pessimistas são todos conservadores :) ...
Por isso é que eu gosto tanto daquela frase do Romain Rolland, que o Gramsci adoptou: "Sou pessimista pela razão, mas optimista com a vontade.", a que gosto de dar seguimento com outra do Raul Proença: «O socialismo é um liberalismo penetrado de vontade (...)»-
É muito bonita, sim senhor, mas esse é seguramente um socialismo que, se não dispensa o mercado, também não o idolatra...
É triste que 30 anos depois da queda do muro de Berlim, os Partidos da Esquerda não compreendam isso. O PS claro que o compreende (aliás a boa Direita também não sofre de idolatria do Mercado), o problema é que age exactamente como se assim fosse.
A grande tragédia do nosso tempo é que passamos os dias a lutar por soluções que estão no passado, e não no futuro... O que significa que se calhar onde Esquerda e Direita poderiam convergir, de facto divergem. E estão ambas erradas...
O PS rendeu-se à economia de mercado, de há muito. Vê-se ali pouco de alternativa explícita, eventualmente explorada em think tanks. Também a margem não é grande, no contexto internacional. Quanto á Direita, suponho que o sector mais ligado á doutrina social da Igreja também o não idolatre; mas esses vêm-se mais nas ong's que na disputa política; ou quando aqui aparecem são engolidos pela corrente.
Pois, exatamente, pouco ou nada se ouve sobre o cooperativismo ou mesmo a co-gestão (que faz parte do programa do PS e existe na conservadora Alemanha). Quanto à Direita Social (de que MRS é porventura o único exemplar no ativo político) quase não se vê, como diz...
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