domingo, janeiro 24, 2021

a arte de começar

 «O rio, a árvore e o rouxinol tinham razão de existir idêntica à do dia arrastado pelas metamorfoses sombrias da noite e pelo vento frio do norte. Na fragilidade quebradiça da palavra gasta pelo uso, Luísa encontrava o respirar mágico e ofegante do sonho. Todos no bosque a conheciam e a aceitavam por igual até quando a viam embriagada de fantasia.»

Miguel Barbosa (1925-2019), Anatomia de um Sonho (2008)

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