Era um dos grandes escritores vivos, no que há crónica diz respeito. Fernando Lopes-Graça foi outro caso semelhante, um dos grandes do século passado, embora o próprio Lopes-Graça só se assumisse como músico e compositor, propositadamente, pois não queria contribuir para menorizar aquela que era a sua razão de ser, a música.
José Duarte, que morreu hoje, além de um ouvido sobredotado e uma capacidade nata de comunicar -- e não é nada fácil falar de música sem cair no oco lugar-comum --, foi um extraordinário escritor, como eu muitas vezes lho disse e até escrevi. Ele gostava, claro, e dizia-me que também Fernando Assis Pacheco lhe elogiava a forma, e esta, acrescento, não é menos importante que o fundo. Vai-se o homem com as suas imperfeições, ficam (não só) os livros.
Sem comentários:
Enviar um comentário