1 de Fevereiro de 1908: Raul Brandão recebe a notícia do assassínio do rei D. Carlos: «Está uma tarde linda, azul, morna, diáfana. Converso na Livraria Ferreira com o Fialho, quando entra esbaforido e pálido o pintor Artur de Melo, que conheço do Porto, e diz num espanto ainda transtornado: «-- Acabam de matar agora o rei!» Memórias vol. I (1919)
1 de Março de 1933: Estudante em Coimbra, Miguel Torga anota no Diário, a propósito da "diversão" da matança de gatos: «Não há universidade que nos tire da idade da pedra lascada.»
7 de Abril de 1962: João Palma-Ferreira evoca no Diário os subterrâneos Joyce, Kafka e Pessoa, a coragem da obra, e o nanismo dos consagrados autores nacionais: «Ou haverá aí algum Kafka incógnito a pregar-lhes a partida?»
1 de Maio de 1500: Pero Vaz de Caminha redige a célebre carta a D. Manuel I, por ocasião do achamento do Brasil, obra-prima da literatura portuguesa: «[Vossa Alteza] creia bem por certo que, para alindar nem afear, não porei aqui mais do que aquilo que vi e me pareceu.»
1 de Junho de 1890: Camilo Castelo Branco suicida-se em casa, São Miguel de Seide, com um tiro de revólver.
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