Não tenho opinião formada sobre o modo como deve ser tratado o caso da desobediência (chamar-lhe "insurreição" é sensacionalismo barato e pulha); o que me parece evidente, claro, indiscutível, após o que se passou ontem, é que o chaço comprado em segunda mão à Dinamarca (e somos nós um país marítimo, com a maior ZEE da União Europeia) não tem sequer condições para render a guarnição nas Selvagens, quanto mais acompanhar um vaso de guerra russo, ao largo das nossas águas territoriais...
Então, se não está em condições, porque o mandámos em missão? Porque somos um país do desenrasca e do faz-de-conta, para inglês ver, a trabalhar para as estatísticas, gráficos, relatórios, tantas vezes sem adesão ou aderência à realidade. A seriedade não nos assenta lá muito bem
Voltando aos marinheiros: sim a coisa não pode ficar em claro, mas a responsabilidade percorre toda a cadeia militar, sem nunca esquecer a tutela política, afinal de onde tudo parte.
Sobre o que se disse de um eventual dedo do PCP, atendendo ao seu historial em matéria militar (nunca exortou à deserção -- que seria mais do que justificada -- durante a Guerra Colonial; é, creio, o único partido a defender o serviço militar obrigatório, na lógica da responsabilidade popular em tomar para si a defesa do país), o que me parece mais do que dispensável) -- aquilo que se disse parece-me jornalismo ou comentarismo pateta.
2 comentários:
Este post é conversa de taxista; lamentável! O navio até poderia ter afundado com todos os militares a bordo, mas acabem com as Forças Armadas se estas aceitarem actos de insubordinação!
Eu nem conheço nenhum taxista, tal como não o conheço a si.
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