João Pedro Marques: "O caso Roald Dahl é, na área das “correcções” woke da literatura, apenas o mais recente de vários outros (os de Mark Twain, Harper Lee, etc.). O que sucede — e que os woke mais perspicazes e racionais já perceberam — é que essa acumulação de casos provoca, tanto na direita como na esquerda moderada, uma reacção de chacota e de rejeição. E, perante essa reacção, surgem a atrapalhação e os lamentos de vários woke que, sentindo-se a perder o pé ou sem argumentos, e não querendo ficar conotados com as óbvias parvoíces a que o wokismo extremado conduz, recorrem à táctica de fingir que nunca existiram. O embaraço é tanto que, em sentido figurado, se metem no primeiro buraco que conseguem encontrar e desaparecem de cena. É tanto que renegam a família a que pertencem a ponto de a apagar. Atiraram a pedra, mas agora escondem a mão e fazem crer que quem os contesta e confronta está alucinado, criou fantasmas e anda a lutar contra moinhos de vento. Seja pela voz de António Guerreiro, seja pelo seu próprio comportamento, nesta altura do campeonato os woke dissimulam-se, confundem-se com a folhagem, fingem-se de mortos ou, pior, de inexistentes, como se nunca tivessem estado lá."
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na mouche
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