Deu-me ontem para ver o Telejornal. Depois de assistir ao indigente comentário dialogado Márcia Rodrigues-José Rodrigues dos Santos (o ridículo não mata), cai-me no colo a Cândida Pinto. Escusado será dizer que me levantei logo, nauseado, e saí dali. No regresso, liguei para a cnn-Portugal, como de costume (quem diria....).
Depois, chego aos agregadores de notícias, e dou com um texto do antigo ministro da Defesa Azeredo Lopes, que mostra bem o quanto a universidade bateu no fundo. Condenar a invasão russa da Ucrânia com base no óbvio ululante de que o Direito Internacional foi violado, pode servir para o papagueamento comunicacional político-jornalístico, mas é inadmissível para um observador objectivo das relações internacionais, a não ser por parcialidade, que deveria ser assumida sem ambiguidade, em vez de se acobertar sob a capa da análise. Outro fosse o protagonista e seria só analfabetismo.
(parênteses: Eu cá sou parcialíssimo: em primeiro lugar sou anti-americano (primário, secundário e terciário -- anti-administração, repito-me); depois logo se vê. Entretanto, Tulsi Gabbard...)
Lopes esquecido: esquece-se de que a Rússia só aceitou a independência da Ucrânia depois da desnuclearização desta, que foi efectivada. Por alguma coisa seria. Achava-se então que a previsível (?) adesão da Ucrânia à Nato seria algo a que Putin, ou outro qualquer, aceitaria impávido, pois estava em causa o Direito Internacional?... Claro que há sempre os vigaristas que dizem: "Nãããão... A Entrada na Nato não estava em cima da mesa...!" Não, pois não estava...
Ao menos podiam aprender alguma coisa com o Papa, e até com o antigo operário Lula. Que jornalistas superficiais vão na cantiga, é apenas triste; mas o espaço comunicacional está a abarrotar destas habilidades, destas meias-verdades e também deste tipo de burrice, forjada ou efectiva.
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