domingo, maio 08, 2022

questões nucleares ou as barbas dos finlandeses (ucranianas LXXIX)

A Nato "a ladrar" às portas da Rússia levou à reacção de Moscovo, disse o Papa. Talvez as declarações de Francisco possam abrir os olhos a muitos, e questionar para onde nos estão a levar os idiotas dos dirigentes europeus, a mando dos americanos. O Papa não é parvo nem é um coninhas, ao contrário de boa parte daqueles.

Discordo do grande Lula. Diz que Zelensky é tão culpado quanto Putin. Não é bem assim: como também disse o anterior e espero que próximo presidente, "Zelensky quis a guerra". Como tenho dito e redito: enganado, comprado ou ambas as coisas pelo aparelho militar americano.

Numa visita a uma fábrica de armamento, Biden, senil como sempre, saiu-se com esta junto de trabalhadores (cito de memória): estas armas vão salvar vidas e proteger-nos de uma III Guerra Mundial em solo europeu. Boneco de ventríloquo do Pentágono e da indústria de armamento, aquele senil deixou fugir o que todos sabem: a convicção de que uma guerra nuclear no Velho Continente é possível sem que lhes bata à porta.

"Especialistas" de meia-tigela em relações internacionais, jornalistas analfabetos, esportulados pela CIA, e demais putedo comunicacional sortido têm servido de agentes de comunicação oficiosos do Pentágono. No outro dia, uma destas senhoras que vêm debitar a propaganda americana foi candidamente clara (ou então já nem se preocupa em disfarçar): a Rússia não pode ganhar esta guerra e os Estados Unidos não a podem perder, pois a seguir virá a China. Já se tinha percebido há muito.

Finlândia. Tal como a Polónia e os estados bálticos, a Finlândia tem razões de queixa da União Soviética, mas ao contrário destas, gozou de um estatuto de neutralidade que, repetindo-me, proporcionou-lhe uma prosperidade e bem-estar que são conhecidos. A opinião pública assustada pela reacção russa à estratégia americana desenvolvida na Ucrânia, porém mascarada pelos propagandistas do Pentágono, inclina-se para a adesão à NATO, constituindo-se, assim, uma nova ameaça para a Rússia. Para mim, trata-se de uma flagrante imprudência, não sendo de admirar que esta faça um aviso definitivo e musculado -- e quem sabe devastador. A fronteira finlandesa está mais próxima de São Petersburgo que a ucraniana. Não faço ideia o que seja a classe dirigente finlandesa, mas não me admiro que seja da mais baixa extracção política. como a maioria dos congéneres europeus. O melhor será os finlandeses porem as barbas de molho.


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