A inflexão da política externa norte-americana no sentido de um isolacionismo monroviano, que poderá ir além do(s) mandato(s) de Trump e de Vance, com a concomitante partilha do planeta em grandes esferas de influência entre Estados Unidos, Rússia e China -- para já -- com uma possível (embora para já me pareça improvável) dissolução da Nato, por obsolescência;
uma União Europeia presa por arames, como está, em que a unidade política é uma miragem e sê-lo-á sempre enquanto não se conjugar a livre, espontânea e informada adesão dos povos europeus com uma reforma política que assegure a democraticidade dos órgãos políticos europeus (a União Europeia será (con)federal, ou nunca será);
a circunstância de ninguém fazer ideia que realidades geopolíticas irão emergir com a convulsão em que actualmente vivemos, obriga tanto candidatos presidenciais, como as lideranças partidárias a serem instadas por jornalistas minimamente dignos desse nome a porem as cartas na mesa.
O que poderá estar em causa é apenas a continuidade de Portugal enquanto estado-nação independente e isso, por muito que custe perceber aos medíocres, transcende todas as questões de lana-caprina com que se entretém o espaço político-mediático.
Voltarei a este assunto, tentando reflectir sobre a estratégia política portuguesa em tempos de desagregação.
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