domingo, novembro 10, 2024

serviço público, em que, sem querer, vou parar com o Eça ao Panteão Nacional, uma acaciísse que ele não merecia que lhe fizessem

«A lição de Eça sobre a América», em sintonia com Viriato Soromenho Marques: o Eça crítico do deus-dólar (ver o texto na barra lateral), um texto publicado aos 21 anos na Gazeta de Portugal

Genial Eça de Queirós, que não merecia uma descendência acácica, que após quase deixar os restos mortais do antepassado irem parar à vala comum (ver a imprensa de 1989, principalmente o extinto diário O Europeu), vem agora, parte dela, engalanar-se de Panteão, que será para muita gente, mas não para ele.

Dar Panteão a Eça de Queirós é não ter a mínima noção do seu pensamento, é cair no ridículo, sem, naturalmente, perceber o quão ridículo se está a ser. Além disso, Eça não precisa do Panteão para nada, o país é que precisa dele, e nenhum outro sítio mais apropriado do que a mítica Tormes, longe dos gouvarinhos aparvoiçados de São Bento, criaturas pelas quais ele tinha enooorme consideração e estima.

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