«Uma voz longínqua, débil, como se saísse do centro de uma montanha e chegasse até Soriano, filtrada pela terra, discordava, vagamente, do que a irmã e o filho lhe diziam. Mas ele transigia, em obediência a uma preguiça espiritual que, outrora, não tinha. E a sua discordância parecia vir mais de um "eu" antigo, que jazia dentro dele, apagado como um resíduo de carvão, do que do seu "eu" presente, daquele que nesse momento vivia.»
Ferreira de Castro, A Curva da Estrada (1950)
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