É TUDO QUESTÃO DE TEMPO
Rio abaixo
Na toada invisível dos seixos
Vai o dongo a palha a folha.
Poliedro chispante e duro
Refracta-se oblíquo o sol.
E num marulhar longínquo afável
Sente-se mais que se ouve
A praia a ambicionada praia
No doce e borbulhante
Abrir dos dedos das águas.
É tudo questão de tempo.
Poesia Intermitente (1987)
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