«O Brasil, de um lado, Portugal, Açores e Angola do outro -- tal como vi indicado num imenso mapa da sala principal da delegação portuguesa à Conferência da Paz de Paris, em 1919 -- comandam, dominam todos os caminhos do Atlântico Sul, realidade patente que seria imperdoável não aproveitar.» João de Barros, Diário de Lisboa, 11 de Junho de 1949.
Adeus ao Brasil (póstumo, s.d.)
3 comentários:
João de Barros
"Escritor, pedagogo e político português nascido a 4 de fevereiro de 1881, na Figueira da Foz.
Em 1909, durante o 2.º Congresso Pedagógico, defendeu a importância da Cartilha Maternal (1876) para a reestruturação do sistema educativo e proferiu diversas conferências sobre literatura portuguesa, na Université Nouvelle , em Bruxelas, que foram publicadas, em 1910, sob o título La Littérature Portugaise.
Como escritor, publicou obras importantes, como Versos (1897), Algas (1898), A Escola e o Futuro (1908), Terra Florida (1909), A Reforma da Instrução Pública (1911), A República e a Escola (1914), Presenças Eternas (1943) e muitos outros títulos.
Para além disso, fez várias adaptações dos clássicos da literatura para crianças e para o povo, tais como Os Lusíadas Contados às Crianças e Lembrados ao Povo (1930), Viriato Trágico (1940), A Eneida de Virgílio (1947) e Viagens de Gulliver (1957). As suas principais preocupações foram combater o analfabetismo, promover uma educação nacionalista e preparar os indivíduos para o futuro e para a integração na sociedade."
Entre muitas outras coisas, também ministro dos Estrangeiros da República e nela director-geral (ou equivalente) da Instrução Pública. Pai de Henrique de Barros, presidente da Assembleia Constituinte (1975-76) e sogro de Marcelo Caetano. Mais importante: poeta solar e vitalista, ao contrário da tradição penumbrosa portuguesa.
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