Santo António, por Giotto |
Para um próximo blogue. Nascido, de acordo com a tradição, a 15 de Agosto, por volta de 1195, Fernando de Bulhões, de forte temperamento místico, entra como noviço crúzio (Ordem da Santa Cruz, de regra de Santo Agostinho), em São Vicente de Fora, transferindo-se depois para Santa Cruz de Coimbra, onde certamente bebeu e consolidou a erudição que viria a demonstrar como erudito sermonista, Por Santa Cruz veria passar uns quanto franciscanos em missão evangelizadora em Marrocos, terra de infiéis, vendo-os igualmente regressar em estado de cadáver, quando os islamitas não mostraram particular interesse pela causa. É então que deixa a ordem de Santo Agostinho e abraça a ordem de S. Francisco de Assis, com quem está em Itália. Da sua valia teologal se serviu a Igreja para combater as heresias do tempo, tendo ainda leccionado em universidades europeias, como Bolonha. Pio XII proclama-o Doutor da Igreja em 1946. Após a morte de São Francisco, Santo António arrasta multidões, que lhe atribuem milagres, o que explica o culto popular de que é alvo, muito próximo da superstição. Detém o record absoluto de canonização em toda a história da Igreja, a 30 de Maio de 1232, menos de um ano após a sua morte, a 13 de Junho. Na entrada que lhe corresponde no Dicionário de História de Portugal, Francisco Fernandes Lopes refere-se-lhe como «a primeira figura portuguesa na história da cultura».
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