Não sei quem lhe anda a pagar melhor: se o Zelensky, de quem é conselheiro, se o Duda, que não sei se representa os sectores polacos que querem abocanhar o antigo território polaco, do qual a principal cidade é Lviv/Lvov, no oeste da Ucrânia, essa república inventada pelos sovietes, e que os americanos e respectivos serventuários europeus gostariam de controlar. Gostariam, pois, o Rasmussen, quer a Polónia e outros países da Nato -- mas não a Nato, claro -- entrassem em guerra contra os russos. Com jeitinho, a ideia brilhante ainda chegará a este lado da Europa.
Este arranjo mercenário do Rasmussen faz-me tremer quase tanto como hilaridades que tenho ouvido a um certo comentariado. Hoje, alguém vindo do refugo e cujo nome não fixei, tanto se lamentava pelo recrudescer da guerra e ausência de soluções de paz, como por outro lado, fazia de bonifrate, dizendo que os ucranianos estão a combater por nós e a morrer por nós... Arre, que é estúpido! Se de facto estivessem a morrer por nós, como veicula a propaganda do Pentágono, teríamos mesmo que pegar em armas, e não esperar que os outros se sacrifiquem em nosso lugar. A questão é que, como digo desde o início, os ucranianos estão a morrer pelos interesses do complexo militar-industrial americano. Tudo o resto é conversa para inocentes.
Ainda no comentariado, alguém acuda à Prof.ª Soller, que ontem mostrou não saber que se a Polónia, por seu alvedrio, entrar em guerra com os russos, o artigo 5.º da Carta do Atlântico nunca poderá ser invocado -- em lisura jurídica, claro. Deve ter sido do cansaço de tanto comentário a desoras, há mais de um ano.
Do cansaço ao cansativo: o Ventura, que não tem vergonha nenhuma, esteve com o Salvini, ao que parece apoiante do Putin. Não gabo o Putin por isso... No entanto, se um boneco como o Ventura fosse para levar a sério, e não um vulgar oportunista, teria de, se não apoiar, pelo menos demonstrar alguma simpatia pelo Putin. Mas como não passa de um aldrabão que, segundo o povo, "diz as verdades" (povo esse que tão enrabado vai ser), deixemos em paz o Prof. Ventura, que neste particular alinha com o Bloco de Esquerda, a IL, PS e PSD. (Só para esclarecer os que acham que sou do PCP: a minha posição não é a da "paz" dita assim, mas de apoio à Rússia, independentemente dos pormenores.)
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