António Costa, como político hábil que é, soube combinar a competência técnica e a moderação política com um punhado de actores experimentados e com sinais para todos os lados, esquerda e direita, e também para dentro do PS. Depois do traumático do governo anterior, ninguém ficará assustado.. A competência técnica e/ou a moderação de Mário Centeno, Manuel Caldeira Cabral, Maria Manuel Leitão Marques, Francisca Van Dunem, e Azeredo Lopes, entre outros, junta-se a mesma competência técnica e as provas dadas na governação por Vieira da Silva, Augusto Santos Silva, João Soares (foi um excelente vereador da Cultura, em Lisboa) ou Ana Paula Vitorino.
Depois da negociatas, das aldrabices sortidas, de puro gangsterismo político, que continua (a miséria intelectual do líder do grupo parlamentar do CDS -- "governo politicamente ilegítimo", diz o homem, sem se rir -- e a habitual indigência política do PSD), depois disto é um outro respirar, mesmo com uma situação política e económica terrível.
Una palavra ainda para a force de frappe do PS, as suas armas estratégicas na acção política: Ana Catarina Mendes, como presumível s-g- adjunta, Carlos César, interlocutor com os outros partidos, Pedro Nuno Santos, secretário de estado dos Assuntos Parlamentares e João Galamba, porta-voz do PS, representam, em acção e consistência política, o melhor do melhor que o PS tem, no tempo que aí vem, de luta política acesa, e, já se espera. de guerrilha oportunista dos que perderam a maioria, e o poder, por mais que indecorosamente esperneassem, com o país todo a ver.
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