quinta-feira, novembro 19, 2015

o menino bonito das sacristias

«No ambiente requintado dos salões lisboetas, a sua linha fidalga recortou-se com mais firmeza e a sua esbelta figura adquiriu novo aprumo, como haste que se expande aos raios dum sol mais quente. A natural afabilidade sem inflexões afectadas, certa distinção de raça timbrando as maneiras graves, a linha sempre correcta e o porte sempre gentil, conquistaram-lhe as simpatias mundanas e obtiveram-lhe êxito completo. Tornou-se o menino bonito das sacristias.»

Manuel Ribeiro, A Catedral (1920)

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