O argumento histórico de há muito deixou de ser tido em conta, sobrepondo-se-lhe o Direito Internacional. Este, no entanto, como digo desde o início, é imposto aos fracos; os estados poderosos (EUA, Rússia, China) ou os que têm as costas quentes (Israel, Coreia do Norte) acatam-no e cumprem-no quando convém. Não preciso voltar a trazer exemplos.
Portanto, quando comentadores de meia-tigela vierem falar do DI ou dos "nossos valores", já se sabe que não sabem do que falam, no mínimo e para ser benigno.
Esquecendo então a História (uma utopia...) e pondo o Direito Internacional no âmbito das suas possibilidades, o Donbass ucraniano já foi, para não falar na Crimeia, obviamente, russa, e quanto ao resto se verá...
Se há Direito que não prescreve e que nunca deixará de ser exercido, quer em ditaduras como a China ou ditas democracias ditas liberais, como a Espanha, é o da Autodeterminação dos Povos. (Nós próprios aprendemo-lo à custa do nosso sangue, derramado em nome da política criminosa de Salazar nas colónias.)
Assim:
Primeira razão: Perseguidos, descriminados, acossados pelo nacionalismo de extrema-direita, incluindo neo-nazis, os russos do Donbass fartaram-se e quiseram regressar à Mãe Rússia. Já lá estão, e agora invertam a situação. (Boa sorte é do que precisam, o que obviamente não desejo.)
Segunda razão: o meio abstruso estado ucraniano sujeitou-se a ser um peão do imperialismo bélico americano com o cortejo de miséria que estamos a ver.
A liderança ucraniana não tem pois perdão, assim como não tem a da União Europeia -- particularmente estúpida e miserável --, cujo papel não difere daquela.
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