«Elói está deitado. Amanhece. Ainda não abriu os olhos, mas, embora os abrisse, nada veria; a escuridão reina dentro do quarto Neste momento deve debater-se na impossibilidade de saber se dorme ou se está acordado. Volta, com esforço, a cabeça na almofada, . Lamenta não poder ver a escuridão, porque lhe cobrem a vista novelos de claridade absurdamente negros: novelos ou passadeiras de matéria luminosa que, do que supõe o tecto, descem, pesados, para o que supõe o chão.» João Gaspar Simões (1903-1987), Elói ou Romance numa Cabeça (1932)
sexta-feira, janeiro 06, 2023
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