Abencerragem: dois generais, duas análises - tirem conclusões (ucranianas CLI)

quinta-feira, janeiro 19, 2023

dois generais, duas análises - tirem conclusões (ucranianas CLI)

CNN Portugal

(via Página Um)

2 comentários:

Lúcio Ferro disse...: O general Isidro tem-se notabilizado pela sua propaganda da fezada: As coisas estão a correr mal? Mais dinheiro e mais armas. As coisas continuam a correr mal? Ainda mais dinheiro e mais armas, até à vitória final. É difícil contra-argumentar noções militares assentes em fezadas. Ainda assim, apesar de tudo, Agostinho Costa põe os pontos nos iiis. Qualquer observador com um módico de cultura militar e política percebe que é impossível vencer a guerra, mas as von der putas insistem e insistem, um dia temos a 3ª guerra mundial e, nesse dia, pois, calam-se de uma vez (calamos-nos todos). Impressionante esta loucura guerreira, só falta o Costa, cujo governo está por um fio, é só o Merdina ser constituído arguido, enviar meia dúzia de leopards para defender "os nossos valores". Ai, meu Deus, que mundo Ricardo, que mundo.; 2:07 da tarde
R. disse...: Caro Lúcio,
a fezada deles é que os russos se esboroem a partir de dentro graças às sanções e ás derrotas militares, o que como sabemos lhes está a correr muito bem. Mas eles têm um país inteiro a defender-lhes os interesses, e se for preciso, há mais carne para canhão por essa Europa, a começar pelos polacos e os próprios alemães. Então é que vai ser. A pressão sobre a Alemanha é total -- ainda não sei dos resultados.; 4:13 da tarde

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A Guerra da Ucrânia, entre a Rússia e os Estados Unidos

1. Os humoristas de serviço pretendem que é uma luta de valores entre o mundo liberal e o iliberal. Humor negro, porque o único valor que o financismo e o complexo militar-industrial conhecem é o do "deus-dólar" (Eça de Queirós). Dirigidos por estes, os Estados Unidos procuraram neutralizar a Rússia, seu único rival militar, minando-a por dentro e desestabilizando as repúblicas vizinhas que ainda não estavam integradas na Nato: Geórgia, Cazaquistão, Ucrânia. Os bidens e os johnsons não passam de marionetas ao seu serviço. Tudo estava a ser preparado com a Clinton; o Trump, bilionário autossuficiente, foi um parênteses. 2. A Rússia sempre se dividiu historicamente entre o eslavismo antiocidental (Dostoievski, Soljenitsine) e a abertura ao Ocidente. A boa-fé e o ímpeto ocidentalizante foi torpedeado pela própria avidez dolarística. Diz-se que Putin, até aí defensor de uma cooperação, mudou de opinião quando assistiu à barbárie do Iraque e da invenção do pretexto da existência de armas de destruição maciça pelo selvagem do Saddam Hussein, tentando a administração americana, debalde, enganar o Mundo, mas enganando boa parte dos próprios concidadãos. Ou seja, Putin percebeu que a cúpula política norte-americana estava nas mãos de patifes notórios em quem não se podia confiar. A Rússia violou o Direito Internacional? Sim, claro, fazendo uma guerra preventiva. 3. Por razões que me escapam, a cúpula política ucraniana, foi ou quis-se enredada nesta estratégia suicidária, sacrificando o povo aos interesses geo-financeiros dos EUA. As zonas de influência sempre existiram e continuarão a existir; faz parte do poder dos impérios. A União Europeia transformou-se numa vassala dos americanos e uma extensão política da Nato, um péssimo serviço ao projecto europeu.

M. Teixeira-Gomes (1860-1941)