«Deu outro puxão às calças, e foi colocar, com prudência, a chapeleira de papelão ao lado dum saco de tapete. Artur olhava-lhe o dorso crasso, curvado sobre a bagagem, as nádegas de obeso sobre que estalava uma calça cor de avelã; e pensava, com desconsolação, que era aquela criatura que tinha dinheiro, que ia para Lisboa, -- o Joãozinho Mendes, de Ovar, a quem chamavam em Coimbra, o Chouriço, e incapaz de compreender um livro, ou mesmo um dito!...»
A Capital! (c. 1875; póstumo, 1925)
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