«E não é só o homem que dorme no leito antigo, largo e raso, de colunas torcidas, com flores e folhagens clássicas, forrado de alvos lençóis, que trescalam como moutas de ervas de cheiro ou na palha seca e crepitante, entre os milhos, com o cão aos pés e os grilos cantando perto; é o gado forte e é a ovelha mansa, é a ave meiga, é a mesma árvore, é a mesma água, é a mesma estrela, é o mesmo luar porque, se a água murmura e se as folhas sussurram, bem se pode dizer que são vozes do sonho das coisas. Velam apenas o caboré piando no tronco ou cruzando os ermos e as feras bravas que descem para velar, ou a farandulagem que assalta galinheiros ou outros sítios de maior recato e perigo.»
A Capital Federal (1893)
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