Hevea brasiliensis, árvore-da-borracha, seringueira, espécie originária da bacia do Amazonas, de onde se extrai o látex, matéria-prima para a produção de borracha e outros produtos derivados. A exploração intensa começa ainda na primeira metade do século XIX, originando, pela exclusividade brasileira da sua produção, um enorme fluxo de capitais, de que são exemplos as peças arquitectónicas que distinguem as principais cidades da região: Belém do Pará e Manaus, cuja Ópera é mundialmente famosa. Por ocasião da viagem planetária que efectuou em 1939, Castro terá oportunidade de confraternizar e fazer-se fotografar por esses seringueiros asiáticos, que com ele e com os sertanejos brasileiros fugidos da seca, se irmanaram no duro trabalho extractivo.
Brasil é o principal produtor mundial, embora já desde há muito não detenha o exclusivo da produção. No último quartel de Oitocentos, os ingleses promoveram plantações da seringueira nas colónias do Sudeste Asiático, estabelecendo-se uma concorrência que originaria a queda dos preços e consequente crise económica, cujos efeitos o jovem Ferreira de Castro sentirá na pele. Na pele e no espírito, pois a experiência amazónica do futuro escritor terá como maior fruto essa obra maior que é
A Selva.
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