1 poema
À porta do meu Banco no patamar, acocorados,
um e uma, vendem a pele
de uns pratos encardidos
mesmo no traço que já lhes deu flores garridas.
Eles escorriam chuva, que chovia, para a louça.
Eles nem devem ter sangue pela tez lustrosa
da porcelana dos seus olhos de caveira.
(Até faz rir, leitor, coisa tão triste.)
José Emílio-Nelson, O Anjo Relicário (1999)
(também aqui)
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