sexta-feira, março 18, 2016

uma carta de José da Cunha Brochado

Das Cartas editadas por António Álvaro Dória, em 1944. Missiva a desconhecido, estava então Brochado em Paris, como secretário do embaixador, o 2.º Marquês de Cascais, D. Álvaro Pires de Castro. Muito reveladora da assertividade do diplomata a apreciação sobre a comédia humana em Versalhes, comparando-a com a  da corte de D. Pedro II, tentando consolar um nobre saudoso do fausto  tornado distante -- dum modo que a este não deixaria de ser lisonjeiro --, chegando a ser divertido o modo como procura menorizar a corte de Luís XIV. Fá-lo Brochado por lisonja? Provavelmente não, que ele, muito sério e competente, também não era bom de se assoar; antes por deferência devida -- e porventura sincera -- a quem lhe estava, por estado e condição, acima na pirâmide social, como era de uso na estratificação da época.

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