Carta que espelha o ambiente das elites intelectuais no final da República: António Sérgio, elemento da Seara Nova, grupo que se situava na ala mais à esquerda de regime; António Sardinha, o membro mais destacado do Integralismo Lusitano, defensor da monarquia tradicional, cujo órgão era a Nação Portuguesa. No entanto, para além dos pólos opostos em que ambos os grupos se situavam no espectro político, por mais de uma vez convergiram na acção cultural, de que a revista Lusitânia foi um dos exemplos. Sérgio, escreverá o seu artigo polémico na Seara, mas já não obterá resposta de Sardinha, que entretanto falece. É muito interessante verificar que o jovem Castelo Branco Chaves (24 anos) é o mediador deste desentendimento, -- suscitado pelo livro de Manuel Múrias, O Seiscentismo em Portugal (1923) --, uma vez que fora monárquico integralista, sendo o seu primeiro ensaio, um livro sobre Fialho de Almeida, prefaciado por Sardinha. E como explica Luísa Ducla Soares, a editora desta correspondência, Sérgio, instigado pelo brilho do jovem intelectual, tomou a iniciativa de o conhecer, forjando-se uma amizade entre ambos que levaria Chaves para as fileiras da Seara Nova. (aqui)
quinta-feira, novembro 02, 2017
uma carta de António Sérgio
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2 comentários:
Caro Ricardo António Alves
Neste post não consegui chegar até à carta de António Sérgio. Ela estava associada ao "aqui"?
Um abraço!
Boa Noite!
Obrigado pelo alerta, vou rectificar
Outro abraço!
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