A maldade é uma das coisas que mais temo. Normalmente subreptícia, cobarde, inconfessável ou camuflada sob a forma de afabilidade, causa danos tanto mais fundos quanto mais desprevenidos estamos em relação a ela e aos seus agentes.
Abro o jornal e deparo-me com manifestações da maldade que cai sobre os incautos, qualquer um de nós: um progenitor que denuncia falsamente outro para guardar para si a custódia exclusiva dos filhos; energúmenos que armadilham pistas de btt para a diversão de ver alguém partir o pescoço; gestores de conta bancários que traem a confiança de cliente de anos, desviando-lhes as poupanças e deixando-os na miséria; um desvairado que sacrifica cento e cinquenta vidas, atirando um avião contra uma montanha.
É vasto o catálogo do mal.
2 comentários:
De todas as expressões de maldade aqui referidas, talvez a única de que duvido seja a do piloto. Dou-lhe o benefício da loucura temporária e da não premeditação. Mas assusta-me, também, o mal que tantos praticam sem culpa.
Boa noite, Ricardo. :)
Boa noite, Maria. Não sou psiquiatra, e mesmo que o fosse, não estaria na sua cabeça. Não tem nenhuma atenuante, pois não era destituído de entendimento. Quis matar-se, e chacinar toda a gente com ele; é, portanto, um assassino repelente e miserável, pior do que os maluquinhos perigosos das "torres gémeas" e afins.
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