Não tenho uma posição definida sobre a maternidade de substituição ou de aluguer, tema hoje em debate no Prós & Contras, RTP1, mas acho insuportável o farisaísmo beato daqueles que se opõem por motivos religiosos, nunca tendo a hombridade de assumi-los.
Porque sabem que a sociedade não toleraria uma imposição condicionada pela igreja portuguesa. (Isto ainda é o país que extinguiu as ordens religiosas; isto ainda não é o estado islâmico.)
Por isso, estes hipócritas agarram-se a argumentos jurídicos (até já invocam a nefanda Constituição...), pseudo-éticos, pseudo-científicos e tentam impô-los à sociedade, porque não têm a coragem de dizer "isso é pecado", a religião não permite. E ainda bem que não têm, ou ainda pareceríamos o Brasil dos pastores.
Eles tentam disfarçar, mas são mal sucedidos: interpelado um casalito, ela admitiu omnisciência (!) nestas matérias; e ele foi mais atrás, à reprodução medicamente assistida, chamando Manuel, Joaquim e sei lá que mais aos espermatozóides que, não sendo o que irá fecundar o óvulo, se perderão... São estes os cromos despachados directamente das sacristias para os programas de televisão.
Filhos, façam bebés (eu fiz quatro), vão-se confessar depois da pívia clandestina, empanturrem-se de hóstias, mas desamparem, não tenho paciência para ouvir as vossas histórias da carochinha.
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