Passar diariamente pela casa de Herberto Helder sem nunca o ter visto. Dizê-lo aos meus filhos uma e outra vez. Uns leram-no, outros não.
Guardar uma bela carta sua, de cujo motivo não me orgulho, e ainda menos da resposta que enviei.
Escrever um breve texto sobre, numa antologia, de que não me envergonho (do texto e da antologia), pese embora as inevitáveis banalidades a que tentei escapar, talvez com êxito, talvez não (precisaria de relê-lo).
Tudo isto vai estar cheio de obituários de HH, dos substantivos aos inócuos. É da natureza das coisas.
Quero guardar a admiração e o respeito, o silêncio de bronze. Por isso nem lhe ponho o nome a titular o post.
A verdade é que ainda ontem me lembrei daquela carta.
4 comentários:
Acabo de sabê-lo por ti. Estou sem palavras. :(
Sempre o li e reli. Sempre o admirei. Entristeço. Ficam as palavras.
Um abraço, Ricardo.
Talvez seja uma ocasião para guardá-las :|
O silêncio é também uma forma de homenagear a vida de um poeta e de enaltecer as palavras em forma de poemas que nos legou.
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