segunda-feira, fevereiro 16, 2015

uma comoção galvânica

«Ao ver assim de improviso, diante de si, o cobiçado, o imprescindível licor, o derreado tanoeiro aprumou-se, mordido duma comoção galvânica. Logo as mãos avançaram a tactear a garrafa, numa desconfiança, enquanto os olhos se lhe esbugalhavam, muito secos do prazer, os olhos, e com a língua a crescer dentro dos beiços ávidos, mal conseguia entaramelar:»

Abel Botelho, Amanhã (1901)

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