A precipitação, a ânsia de ser o primeiro a opinar e mostrar que a razão estava do seu lado, tem trazido a terreiro alguns críticos do Syriza, à direita e à esquerda. Uns porque defensores e/ou coniventes com o governo português; outros porque queriam para a Grécia a Revolução, a puta da Revolução.
Na verdade, não se trata de opinião séria, mas uma tentativa de justificar ou um percurso pessoal (os serventuários do Governo português) ou puxar pelos galões os corifeus da pureza ideológica.
(Neste aspecto, como já li algures, honra seja ao PCP, que não foi pelo caminho mais fácil.)
É tal o afã, que aquilo que efectivamente a Grécia já ganhou, fazendo política e tendo vergonha na cara, é convenientemente silenciado por estes altifalantes de carne e osso. Esperar para ver quais são as medidas que o Syriza vai apresentar no Eurogrupo, é coisa que não interessa nada. O que importa é, para os comprometidos com o governo português, tentar sacudir a aguinha do capote e ufanar-se por alegadamente não haver alternativa às políticas assassinas que foram aplicadas nos últimos anos; do lado da esquerda cro-magnon e palerma, importa invectivar os novos governantes gregos pela postura firme de compromisso.
E que tal terem calma, foda-se?...
Cansaço, extremo cansaço.
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