quarta-feira, junho 11, 2025

o que está a acontecer

«A casa que os Maias vieram habitar em Lisboa, no Outono de 1875, era conhecida na vizinhança da Rua de S. Francisco de Paula, e em todo o bairro das Janelas Verdes, pela Casa do Ramalhete, ou simplesmente o Ramalhete.» Eça de QueirósOs Maias (1888) 

«I. Óbito do autorAlgum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo.» Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881)

«Debalde muitos homens de génio revestidos da autoridade suprema tentaram evitar a ruína que viam no futuro: debalde o clero espanhol, incomparavelmente o mais alumiado da Europa naquelas eras tenebrosas e cuja influência nos negócios públicos era maior que a de todas as outras classes juntas, procurou nas severas leis dos concílios, que eram ao mesmo tempo tempo verdadeiros parlamentos políticos, reter a nação que se despenhava.» Alexandre Herculano, Eurico o Presbítero (1844)

1 comentário:

Manuel M Pinto disse...

«Ao Dr. Teófilo Braga agradava também esta figura de altitude, pelo realce que sempre procurou dar à especulação, quando se personalizava em nomes que lhe eram gratos. A par com ele, D. Carolina Michaëlis, se bem que nossa hóspeda, porque seu coração lançou raízes na casa lusitana, dispenseira de bizarria para tudo o que elevasse a terra adoptiva, traduzindo Storck e comentando o poeta tantas vezes, ergueu mais no céu a arce estupenda.»
Aquilino Ribeiro, "Luís de Camões - Fabuloso*Verdadeiro". Ensaio (1950)