segunda-feira, julho 29, 2024

soltar a franga em público, e obrigarem-nos a ver...

Percebi que houve celeuma na abertura dos Jogos Olímpicos, dragqueens recreando a Última Ceia, ou coisa do género. Não sei se é grande ou pequena, a celeuma. Eu, que detesto religiões e igrejas (olho para a Católica, em que me criei, como para os Jerónimos: património, nada mais -- e já é muito), abomino também a promoção kitsch do travestismo e outras aberrações do mesmo género.*

Por mim, podem desenhar o Maomé em cópula com JC, que está tudo muito bem -- há muito mais de um século que Nossa Senhora aparece a fazer mamadas em gravuras licenciosas, mas eh pá!, não nos entrem em casa sem serem convidados!  Cada um deve ser livre de usar e gozar o seu corpo como quiser; mas esta bichice parola que é promovida urbi et orbi, numa espécie de programa de grande reeducação das massas alvares, não traz grande futuro para eles. (Estou a imaginar o povo a ver, no Sudão ou em Sernancelhe...)

Há dias, numa entrevista anódina, um dos seus gurus activistas dizia que andar de mão dada na rua é que era, para que os outros se habituassem. Até posso perceber, cansaram-se de ser perseguidos e humilhados, e agora alguns querem a desforra. Contam para isso com a protecção do Legislador, na urdidura da repressão. Uma urdidura, de resto, que vai muito para além da defesa da integridade física e psicológica deste segmento da sociedade; mais que isso, atravessou a fronteira da repressão, com as suas interdições e as suas penalizações. Não sei se será a melhor estratégia.

Estes idiotas não estão a promover a "tolerância", mas a manifestação do asco que inspiram com a sua exuberância e estética-piquenicão...  Em vez de compostura, soltam a franga em público e obrigam todos a ver.  Resultado: aí têm a reacção a chegar ao poder. Agora entretenham-se.

*Não incluo aqui a questão clínica e patológica da verdadeira transexualidade, que é um assunto sério e grave.


Em tempo: 30/7 - afinal nem era A Última Ceia, mas uma cena báquica. Que falta de paciência...

3 comentários:

sincera-mente disse...

Olá Ricardo! Saúde e Paz!
Não concordo com tudo o que escreve, mas, no essencial/principal, inteiramente de acordo. De repente, apareceram neste tão velho mundo uns tipos que intitulam de novos descobridores da pólvora, ou da roda! Só que a roda é quadrada e a pólvora nãopassa de areia.
Abraço.

R. disse...

Viva, meu caro! Presumo que a sua discordância esteja na minha impiedade, mas, como diz, o sagrado foi sempre um alvo; e por isso a blasfémia é tão temida e punível com a morte, ainda hoje, nalguns casos. Mas que nada tem de novo, não tem.
O que chateia é a permanente inculcação -- como diria o outro. Já nem se trata de aceitação, mas de imposição, a todos os níveis, até no léxico andam a chatear -- ver a história das "pessoas que menstruam": querem que deixe de haver homens e mulheres, mas apenas "pessoas". Que anormais.

R. disse...

Outro abraço!