52. Fernando Pessoa (1888-1935). Um poeta do outro mundo, um dos maiores de sempre, e não apenas entre os portugueses, o que seria já muitíssimo.
53. Geraldo o Sem-Pavor (+c. 1173). Figura extraordinária de guerreiro e mercenário. Entre homem e lenda, figura no brasão de Évora, cidade que conquistou aos mouros.
54. D. João III (1502-1557). Conhecido na Europa como o "Rei da Pimenta", tudo (ou quase) nele foram becos sem saída. Associado para sempre à vinda da Inquisição
55. D. Luís da Cunha (1662-1749). Diplomata de primeiro plano, académico e estrangeirado em cujo Testamento Político pensa o atraso do país, em especial dos malefícios para o seu desenvolvimento que acarretou a acção do Tribunal do Santo Ofício e a monomaníaca perseguição aso cristãos-novos.
1 comentário:
« O estabelecimento da Inquisição foi o acto de política interna que mais apaixonou D. João III. Portugal passou a ser com a Espanha a sentinela alerta da fé contra todos aqueles que se atrevessem a formular uma dúvida, uma sombra de incerteza, uma interrogação ao santo nome de Deus segundo o credo romano.
Fugiram por todos os caminhos quantos podiam representar espírito de progresso, temerosos da noite que se adensava sobre a Nação. Hoje Portugal gloria-se dos Amatos, dos Sanches, dos Gouveias, que enalteceram a terra portuguesa, pelo facto de terem ouvido aqui a canção do berço. Fraca consolação! Antes são eles fantasmas miliários. clamando contra aquele que Pinheiro Chagas, na peugada aliás de Herculano, chama o mais estúpido e fanático dos reis.»
Aquilino Ribeiro, "Príncipes de Portugal -suas grandezas e misérias: História" (1952)
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