«A aliança inglesa», do Conde de Sabugosa, De Braço Dado (894).
A estória (com final feliz) duma inglesa em término de lua-de-mel numa praia do Norte, que vê a felicidade conjugal ameaçada por uma carta duma amante enviada ao marido português, não me saiu da cabeça, mesmo que a tenha por duas vezes rejeitado para esta minha lista. A angustiada jovem esposa impôs-se-me, e um parágrafo em especial, no meio duma rebentação estival à beira-mar.
O incipit: «A sua vaidade de mulher bonita lisonjeava-se com a convicção de ter fixado o coração volúvel e a imaginação impressionável do noivo; a consciência da própria superioridade dava-lhe a certeza de ter definitivamente tomado posse do espírito do marido, fortaleza tantas vezes atacada, e outras tantas espontaneamente rendida, nas batalhas alegres de uma mocidade jovial.»
1 comentário:
«O matrimónio -- "sacramentum magnum" -- com suas leis, era ignorado, mais ignorado que o grego, que pintar as unhas, que o uso do chinó, embora abundassem os calvos. Viviam à lei da natureza homens e mulheres, inçando de maneira tal que bem assinalava quanto a raça era joio em vez de seara mondada pelos obreiros da Redenção.»
Aquilino Ribeiro, "Jardim das Tormentas - conto: "Sam Gonçalo Casamenteiro", (1913)
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