Abencerragem: «Leitor de BD»

quarta-feira, fevereiro 26, 2020

«Leitor de BD»

sobre O Raio U, de Edgar Pierre Jacobs

jornal i

6 comentários:

PNLima disse...: Desde o Cavaleiro Andante que são os meus favoritos, se bem que só nos anos 90 tive hipótese de ler finalmente toda a "Marca Amarela" já que metade da história faltava nos Cavaleiros Andantes lá de casa. Esta de que fala também já a li em anos recentes e adorei!
Bom dia; 9:08 da manhã
R. disse...: Tenho o número do Cavaleiro Andante com a capa de «A Marca Amarela»...; 12:24 da tarde
PNLima disse...: Eu, agora, graças ao rapaz lá de casa e uma busca por aí, já tenho todos... e adoro. Ele por sua vez descobriu com prazer muitas histórias e reviu outras mais antigas.
"A Marca Amarela" é uma das minhas favoritas da dupla.; 12:35 da tarde
R. disse...: E tem acompanhado as novas?; 12:11 da manhã
PNLima disse...: Claro que sim! E são boas, especialmente estas últimas. Fiéis ao imaginário Jacobs e não deturpam os "actores" nos desenhos! Os novos "Michel Vaillant's" por exemplo transformaram o rosto do herói nuns riscos demasiado rectos, coisa que não aprecio mesmo nada. Se é para dar continuidade, para mim, deve-se manter, não alterar. Para alterar devem criar novas histórias, com outros heróis.
Bom dia; 8:45 da manhã
R. disse...: Eu prefiro que os autores sejam eles próprios, em vez de desenharem à maneira de... É o caso do Blake e Mortimer, Lucky Luke, Astérix, Corto Maltese, indpenedentemente de os resultados serem mais ou menos satisfatório. Acho mais interessante a via do Spirou, com vário autores em vários registos...; 12:48 da manhã

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A Guerra da Ucrânia, entre a Rússia e os Estados Unidos

1. Os humoristas de serviço pretendem que é uma luta de valores entre o mundo liberal e o iliberal. Humor negro, porque o único valor que o financismo e o complexo militar-industrial conhecem é o do "deus-dólar" (Eça de Queirós). Dirigidos por estes, os Estados Unidos procuraram neutralizar a Rússia, seu único rival militar, minando-a por dentro e desestabilizando as repúblicas vizinhas que ainda não estavam integradas na Nato: Geórgia, Cazaquistão, Ucrânia. Os bidens e os johnsons não passam de marionetas ao seu serviço. Tudo estava a ser preparado com a Clinton; o Trump, bilionário autossuficiente, foi um parênteses. 2. A Rússia sempre se dividiu historicamente entre o eslavismo antiocidental (Dostoievski, Soljenitsine) e a abertura ao Ocidente. A boa-fé e o ímpeto ocidentalizante foi torpedeado pela própria avidez dolarística. Diz-se que Putin, até aí defensor de uma cooperação, mudou de opinião quando assistiu à barbárie do Iraque e da invenção do pretexto da existência de armas de destruição maciça pelo selvagem do Saddam Hussein, tentando a administração americana, debalde, enganar o Mundo, mas enganando boa parte dos próprios concidadãos. Ou seja, Putin percebeu que a cúpula política norte-americana estava nas mãos de patifes notórios em quem não se podia confiar. A Rússia violou o Direito Internacional? Sim, claro, fazendo uma guerra preventiva. 3. Por razões que me escapam, a cúpula política ucraniana, foi ou quis-se enredada nesta estratégia suicidária, sacrificando o povo aos interesses geo-financeiros dos EUA. As zonas de influência sempre existiram e continuarão a existir; faz parte do poder dos impérios. A União Europeia transformou-se numa vassala dos americanos e uma extensão política da Nato, um péssimo serviço ao projecto europeu.

M. Teixeira-Gomes (1860-1941)