O maior cronista português é o Eça de Queirós; nem estou a ver quem lhe possa chegar perto. Cultura fortíssima, ideias, convicções, um estilo arrebatador, e o humor .Para mim, a crónica queirosiana não é menos importante que a obra romanesca; estou quase tentado a dizer, antes pelo contrário...
Vasco Pulido Valente, historiador e também polemista temível foi o maior cronista do seu tempo, em que se conjugavam uma base cultural vasta e sólida, uma forma literária de primeira grandeza e uma óbvia inteligência e perspicácia. A História, aliás, dava-lhe uma perspectiva sobre o presente que não assiste à maioria dos que escrevem.
Vasco Pulido Valente, historiador e também polemista temível foi o maior cronista do seu tempo, em que se conjugavam uma base cultural vasta e sólida, uma forma literária de primeira grandeza e uma óbvia inteligência e perspicácia. A História, aliás, dava-lhe uma perspectiva sobre o presente que não assiste à maioria dos que escrevem.
1 comentário:
Não me sinto tentado a olhar para o percurso literário do Eça como uma espécie de trajetória em que ele se reconcilia progressivamente com a Pátria. Tal análise não vai além do lugar-comum e depois, procurar ler a mente de um autor literário, ainda por cima daquela craveira, na sua obra, é desprezar o papel da imaginação e da criatividade do génio... Sou um mero leitor que se delicia com o humor, a ironia e o sarcasmo queirosianos, afinal...
Mas seria capaz de dizer que se há uma diferença entre Eça e VPV que salta à vista é que o primeiro era apesar de tudo bem mais soalheiro do que segundo. Ficava sempre com a impressão ao lê-lo que Pulido Valente tinha desistido dos homens...
O que se calhar torna o seu adeus ainda mais triste...
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