«Berenice continuava silenciosa: -- quase abstracta: -- os olhos pousados sobre o largo cais: -- esse cais que o sol crepuscular ia empalidecendo: -- e onde uma multidão invejosa ou saudosa dos que partiam, aguardava que o vapor levantasse ferro.» Eduardo Frias e Ferreira de Castro, A Boca da Esfinge (1924)
«Arrastava-me até casa, subia às apalpadelas, despia-me rezando fragmentos de velhas orações; e adormecia dum sono que parecia não dever ter fim.» José Régio, Jogo da Cabra Cega (1934)
«Com suas altivas lombas, as ramificações da montanha cercavam, de todas as bandas, a vila postada quase no fundo do grande vale, ao pé do Zêzere, que na paz crepuscular adquiria voz forte, correndo e cantando entre os penedais do seu leito.» Ferreira de Castro, A Lã e a Neve (1947)
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