quinta-feira, abril 30, 2009
quarta-feira, abril 29, 2009
Caracteres móveis - Pierre-Joseph Proudhon
segunda-feira, abril 27, 2009
caderninho
A. está muito envaidecido, pensa estar bem avançado na prática do bem, já que, sendo aparentemente um alvo cada vez mais atractivo, se sente exposto a tentações cada vez maiores vindas de direcções que lhe eram até agora completamente desconhecidas. A explicação correcta é, contudo, o facto de um grande diabo se ter instalado nele e uma infinidade de diabos mais pequenos se aproximarem com o intuito de servir o grande. Franz Kafka
«Aforismos» (tradução de Álvaro Gonçalves)
domingo, abril 26, 2009
li e outra vez
Vasco Graça Moura -- O triunfo da petição, no Em Defesa da Língua Portuguesa Contra o Acordo Ortográfico: um aviso à ignorância da arrogância.
Antologia Improvável #372 - Teixeira de Pascoais (2)
A SOMBRA HUMANA
Quando passeio, ao longo dos caminhos,
Batem asas de medo os passarinhos;
Escondem-se os reptis, no tojo em flor.
Meu ser espalha um trágico pavor
Nas pobres criaturas,
Que, neste mundo, vivem às escuras!
Avezinha fugindo ao ruído dos meus passos,
Se o que eu sinto por ti, acaso, pressentisses,
Tu virias fazer o ninho, nos meus braços...
Virias ter comigo, ó pedra, se me ouvisses!
Vida Etérea / Antologia Poética
(edição de Francisco da Cunha Leão e Alexandre O'Neill)
Quando passeio, ao longo dos caminhos,
Batem asas de medo os passarinhos;
Escondem-se os reptis, no tojo em flor.
Meu ser espalha um trágico pavor
Nas pobres criaturas,
Que, neste mundo, vivem às escuras!
Avezinha fugindo ao ruído dos meus passos,
Se o que eu sinto por ti, acaso, pressentisses,
Tu virias fazer o ninho, nos meus braços...
Virias ter comigo, ó pedra, se me ouvisses!
Vida Etérea / Antologia Poética
(edição de Francisco da Cunha Leão e Alexandre O'Neill)
sexta-feira, abril 24, 2009
Figuras de estilo - Alberto Ferreira
A sala. A lareira. Fantasio-me escritor de memórias. Sopro as achas ainda esquentadas de restos de cinzas. Cego e vacilante. O meu destino é descrever-te em vez de te amar.
quinta-feira, abril 23, 2009
caderninho
Absurdo, n. Uma afirmação ou convicção manifestamente contrária à nossa opinião. Ambrose Bierce
Dicionário do Diabo (tradução de Rui Lopes)
quarta-feira, abril 22, 2009
Antologia Improvável #371 - Joaquim Paço d'Arcos
O MARULHO DA CHUVA NO CANO DE ZINCO...
A chuva cai continuamente,
Sobre a rua inteira,
Sobre a cidade inteira,
Sobre todos que passam,
Sobre mim.
Molhado e regelado,
Espero e desespero
Que esta chuva passe,
Que esta terra passe,
Que esta vida passe,
Ficando longe de mim.
Algo que possa voltar aos sítios percorridos,
E bem amados,
E esquecidos
Para melhor os poder amar.
Algo que possa regressar à vida existida
E mal trocada por esta
Em que só a chuva cai perpetuamente,
Em que nada persiste,
Senão o marulho da chuva
No cano de zinco,
O asfalto encharcado
E a água correndo para a sargeta.
Algo que possa voltar a encontrar-se em mim.
A chuva cai continuamente,
Sobre a rua inteira,
Sobre a cidade inteira,
Sobre todos que passam,
Sobre mim.
Molhado e regelado,
Espero e desespero
Que esta chuva passe,
Que esta terra passe,
Que esta vida passe,
Ficando longe de mim.
Algo que possa voltar aos sítios percorridos,
E bem amados,
E esquecidos
Para melhor os poder amar.
Algo que possa regressar à vida existida
E mal trocada por esta
Em que só a chuva cai perpetuamente,
Em que nada persiste,
Senão o marulho da chuva
No cano de zinco,
O asfalto encharcado
E a água correndo para a sargeta.
Algo que possa voltar a encontrar-se em mim.
S. Paulo, 29.
Poemas Imperfeitos
Caracteres móveis - Simone de Beauvoir
terça-feira, abril 21, 2009
segunda-feira, abril 20, 2009
Antologia Improvável #370 - Gomes Leal
A JOVEM MISS
Tocar que Ímpio se atreve!...
CAMPO DE FLORES
Ela é tão loura, lírica, franzina,
Tão mimosa, quieta, virginal,
Como uma bela virgem d'um missal,
Toda dourada, e preciosa, e fina.
Não há graça mais casta e feminina
Do que a d'ela! -- Seu riso angelical
Cria em todos nós um mundo de moral,
Melhor que tudo o que Platão ensina!
Por isso, e pela sua castidade,
Deve ser gozo intenso, na verdade,
Sentir fundir-se em nós seus olhos régios...
E o gozo de a beijar, trémula, amante,
Deve ser quase estranho! -- e semelhante
Ao de fazer terríveis sacrilégios.
Claridades do Sul / Antologia Poética
(edição de Cecília Barreira)
Tocar que Ímpio se atreve!...
CAMPO DE FLORES
Ela é tão loura, lírica, franzina,
Tão mimosa, quieta, virginal,
Como uma bela virgem d'um missal,
Toda dourada, e preciosa, e fina.
Não há graça mais casta e feminina
Do que a d'ela! -- Seu riso angelical
Cria em todos nós um mundo de moral,
Melhor que tudo o que Platão ensina!
Por isso, e pela sua castidade,
Deve ser gozo intenso, na verdade,
Sentir fundir-se em nós seus olhos régios...
E o gozo de a beijar, trémula, amante,
Deve ser quase estranho! -- e semelhante
Ao de fazer terríveis sacrilégios.
Claridades do Sul / Antologia Poética
(edição de Cecília Barreira)
domingo, abril 19, 2009
sábado, abril 18, 2009
caderninho
li e vejo outra vez
Em Museu de Salamanca e Unamuno, fala-nos Addiragram do exemplo lendário e épico do magnífico Dom Miguel diante dos esbirros.
«Minha pátria é o mundo inteiro», livro biográfico sobre Neno Vasco, da autoria de Alexandre Samis, acaba de ser editado pela Letra Livre, informa-me a Rede Libertária. Neno Vasco, uma grande figura do anarquismo em Portugal e no Brasil.
Figuras de estilo - Carlos Malheiro Dias
O regimen marcial a que os conquistadores sujeitaram Lisboa, acordando-a todas as madrugadas a tiro de canhão e a rufo de tambor, despertara-a da sua modorra de beata, acabara por transfigurar em praça de guerra a cidade dos lausperenes e viáticos, das procissões e das novenas. Ainda tangiam quase permanentemente os sinos da Sé, igrejas e conventos. Mas ao bimbalhar dos sinos associavam-se, como vozes de uma sinfonia guerreira, o rufar frenético das caixas, a gritaria exasperada dos clarins, pondo remoques militares nas velhas árias religiosas dos carrilhões.
Paixão de Maria do Céu
sexta-feira, abril 17, 2009
quinta-feira, abril 16, 2009
Antologia Improvável #369 - Teixeira de Pascoais
CANÇÃO MONÓTONA
Monotonia
Sempre a imagem das cousas que nos pesa...
A mesma cor vermelha da Alegria,
O mesmo claro-escuro da Tristeza...
Sempre, no mesmo corpo, a mesma doença: a vida!
Sempre a mesma elegia, em sílabas de mágoa...
Sempre o mesmo perfil de serra empedernida,
Onde o Inverno, a chorar, desenha espectros de água.
Bocas sempre de tédio a envenenar o mundo...
Uma noite perpétua, emudecida e calma...
Negro pego de lágrimas profundo,
Estagnação da Dor em ermos longes de alma...
A memória em planície estéril e deserta.
Ouvir, durante o dia, o choro duma fonte...
Sempre a mesma janela, eternamente aberta,
Sobre o mesmo horizonte...
Nos olhos, sempre a mesma indefinida imagem...
Sempre a mesma roseira a florescer por mim...
Sempre o mesmo silêncio, em formas e paisagem;
Ave sempre a cantar, manhã de sol sem fim!
Um perpétuo sorriso, à flor do mesmo rosto...
Num gélido cristal, a mesma face absorta...
Sob um eterno sol-posto,
Eterna planície morta...
Em sons de espuma e névoa, a eterna voz do Mar,
A morrer, a viver nos areais de além...
Um eterno sepulcro, à luz de eterno luar...
A mesma vida,em nós vivida por ninguém...
Constante calmaria, eterno mar parado...
Este íntimo Alentejo em que se perde a gente...
Em nosso próprio ser, o Tempo desmaiado...
O mesmo, o mesmo, o mesmo, em nós, perpetuamente!
Terra Proibida / Antologia Poética
(edição de Francisco da Cunha Leão e Alexandre O'Neill)
Monotonia
Sempre a imagem das cousas que nos pesa...
A mesma cor vermelha da Alegria,
O mesmo claro-escuro da Tristeza...
Sempre, no mesmo corpo, a mesma doença: a vida!
Sempre a mesma elegia, em sílabas de mágoa...
Sempre o mesmo perfil de serra empedernida,
Onde o Inverno, a chorar, desenha espectros de água.
Bocas sempre de tédio a envenenar o mundo...
Uma noite perpétua, emudecida e calma...
Negro pego de lágrimas profundo,
Estagnação da Dor em ermos longes de alma...
A memória em planície estéril e deserta.
Ouvir, durante o dia, o choro duma fonte...
Sempre a mesma janela, eternamente aberta,
Sobre o mesmo horizonte...
Nos olhos, sempre a mesma indefinida imagem...
Sempre a mesma roseira a florescer por mim...
Sempre o mesmo silêncio, em formas e paisagem;
Ave sempre a cantar, manhã de sol sem fim!
Um perpétuo sorriso, à flor do mesmo rosto...
Num gélido cristal, a mesma face absorta...
Sob um eterno sol-posto,
Eterna planície morta...
Em sons de espuma e névoa, a eterna voz do Mar,
A morrer, a viver nos areais de além...
Um eterno sepulcro, à luz de eterno luar...
A mesma vida,em nós vivida por ninguém...
Constante calmaria, eterno mar parado...
Este íntimo Alentejo em que se perde a gente...
Em nosso próprio ser, o Tempo desmaiado...
O mesmo, o mesmo, o mesmo, em nós, perpetuamente!
Terra Proibida / Antologia Poética
(edição de Francisco da Cunha Leão e Alexandre O'Neill)
quarta-feira, abril 15, 2009
li e torno a ver
Sobressaltos-- "Que há dentro deste ser, que não tem limites?" , pergunta Raul Brandão nesse incomparável Húmus, em post de Paulo Borges.
Os ódios de estimação podem ser caricatos, escreve Carlos a propósito da manchete de hoje do Público: os ódios são irracionais e não (se) enxergam...
Os ódios de estimação podem ser caricatos, escreve Carlos a propósito da manchete de hoje do Público: os ódios são irracionais e não (se) enxergam...
terça-feira, abril 14, 2009
caderninho
Caracteres móveis - V. S. Naipaul
segunda-feira, abril 13, 2009
vi e tornei a ver
Os erros nas mãos de Tex, Kit Willer e Kit Carson, por José Carlos Francisco, ou nos melhores panos caem as nódoas...
T, Prenda de Páscoa para o RAA: sim, é para mim, mais um presente que ela me oferece com camaradagem. Deste gosto muito, por várias razões, a maior das quais é o exemplo da coluna vertical no meio de tanta espinhela caída.
Negro de luz: Ana V., preto muito e pouco branco, Edgar Martins.
T, Prenda de Páscoa para o RAA: sim, é para mim, mais um presente que ela me oferece com camaradagem. Deste gosto muito, por várias razões, a maior das quais é o exemplo da coluna vertical no meio de tanta espinhela caída.
Negro de luz: Ana V., preto muito e pouco branco, Edgar Martins.
domingo, abril 12, 2009
ouvi e torno a ler
Ana Paula, A todos...: Nelson & Marsalis, magníficos.
Renato Epifânio, Para o Pedro Santana Lopes: não é estúpida, é re-estúpida.
Renato Epifânio, Para o Pedro Santana Lopes: não é estúpida, é re-estúpida.
sábado, abril 11, 2009
sexta-feira, abril 10, 2009
Antologia Improvável #368 - Anísio Mello
A FESTA DA TRISTEZA
Na festa da minha tristeza
Não bailou tua desventura
Envôlta de manto negro
Esvoaçante e tão só!
Bailou saudade introspecta
De cristalina pureza
Relembrando o velho tempo
Na festa da minha tristeza...
Do infinito a luz sumiu
Escondendo a dor desta mágua
Pra não bailar da tristeza
A festa dos sonhos meus...
Pra não bailar a saudade
Dor alegre do presente.
Na festa da minha tristeza
Só não bailou alegria...
Alegria profunda e triste
Dos anos que já se vão
Dos anos que se passaram
Mas que ficaram presentes...
Alegria triste do passado
Passado agora.
Festa triste da alegria
Que chora alegria presente.
Na festa do meu passado
Já não mais chora alegria
Desta tristeza de agora
Que a saudade faz sorrir.
Saudade -- alegria triste --
Sorrindo do meu passado...
Estrêlas do Meu Caminho
Na festa da minha tristeza
Não bailou tua desventura
Envôlta de manto negro
Esvoaçante e tão só!
Bailou saudade introspecta
De cristalina pureza
Relembrando o velho tempo
Na festa da minha tristeza...
Do infinito a luz sumiu
Escondendo a dor desta mágua
Pra não bailar da tristeza
A festa dos sonhos meus...
Pra não bailar a saudade
Dor alegre do presente.
Na festa da minha tristeza
Só não bailou alegria...
Alegria profunda e triste
Dos anos que já se vão
Dos anos que se passaram
Mas que ficaram presentes...
Alegria triste do passado
Passado agora.
Festa triste da alegria
Que chora alegria presente.
Na festa do meu passado
Já não mais chora alegria
Desta tristeza de agora
Que a saudade faz sorrir.
Saudade -- alegria triste --
Sorrindo do meu passado...
10-12-59.
Estrêlas do Meu Caminho
quinta-feira, abril 09, 2009
JornaL
No JL de ontem, saído anteontem, a iluminação da simplicidade:
«Quando escrevo um parágrafo olho para ele para ver se funciona. Se o resultado for negativo tenho de o reescrever. Nese sentido, a oficina do meu pai foi uma grande influência, na medida em que, para mim, a literatura é sobretudo eficácia.» (entrevista de Juan José Millás a Luís Ricardo Duarte)
«Sei que a vida é trágica, que todos vamos morrer e ser esquecimento. Mas, entretanto, o que desejo é arrancar da vida a maior percentagem de felicidade possível.» (Héctor Abad Faciolince, entrevista ao mesmo)
José Gil sobre Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco: «É um romance em bruto, selvagem, torrencial, admirável. Uma espécie de thriller de afectos e paixões.»
li e torno a ver
J. N. Barbosa, O candeeiro: a minha infância e a minha adolescência giraram à volta daqueles candeeiros...
quarta-feira, abril 08, 2009
terça-feira, abril 07, 2009
vi e torno a ler
L. G., Guiné-Bissau: Defensor de Direitos Humanos em risco de vida: pior, ainda é possível.
Gabriel Silva, Muppet Show : exactamente.
O Major Reformado, Onde está a Arca de Pessoa?: eu bem tinha escrito...
Marie Tourvel, Pocket Classic (O Vermelho E O Negro) :gosto como ela trata os clássicos.
Rose Marinho Prado, Uma toma conta da outra: »Nenhum de nós é um só homem.» (Ferreira de Castro).
João Paulo Guerra, Espera: ou para que diabo servem os meus impostos?
Joaquim Letria, Freeport: o ritmo da prosa distrai-me do mau cheiro que dali emana.
Gabriel Silva, Muppet Show : exactamente.
O Major Reformado, Onde está a Arca de Pessoa?: eu bem tinha escrito...
Marie Tourvel, Pocket Classic (O Vermelho E O Negro) :gosto como ela trata os clássicos.
Rose Marinho Prado, Uma toma conta da outra: »Nenhum de nós é um só homem.» (Ferreira de Castro).
João Paulo Guerra, Espera: ou para que diabo servem os meus impostos?
Joaquim Letria, Freeport: o ritmo da prosa distrai-me do mau cheiro que dali emana.
segunda-feira, abril 06, 2009
Caracteres móveis - Juan Ramón Jiménez
domingo, abril 05, 2009
oh!, um Agsma Recomendado!
O meu filho António resolveu presentear-me com um «Agsma Recomendado». É como ter um appointment de S. M. britânica aqui no blogue. Cheers!
sábado, abril 04, 2009
Antologia Improvável #367 - Thales de Mello
AMOR.
Chegas, trêmula vens, quase chorando.
Parto, pálido vou, quase sorrindo.
Desejas-me e procuras-me, chegando.
Adoro-te e bendigo-te, partindo.
Meu duro coração torna-se brando
Mal te adivinha o corpo esbelto e lindo.
Porque me queres vives-me buscando...
Porque te quero vivo-te fugindo...
Mas um dia um acaso. Frente a frente
Nós dois: tu, comovida e enamorada,
Eu amorosamente aflito e mudo.
E nesse doce idílio, de repente,
As nossas bocas não nos dizem nada,
Para que os nossos olhos digam tudo.
Baú de Couro
Chegas, trêmula vens, quase chorando.
Parto, pálido vou, quase sorrindo.
Desejas-me e procuras-me, chegando.
Adoro-te e bendigo-te, partindo.
Meu duro coração torna-se brando
Mal te adivinha o corpo esbelto e lindo.
Porque me queres vives-me buscando...
Porque te quero vivo-te fugindo...
Mas um dia um acaso. Frente a frente
Nós dois: tu, comovida e enamorada,
Eu amorosamente aflito e mudo.
E nesse doce idílio, de repente,
As nossas bocas não nos dizem nada,
Para que os nossos olhos digam tudo.
Baú de Couro
sexta-feira, abril 03, 2009
Um Prémio de Marie
Marie dá-me o prémio de fazer companhia ao Abencerragem.
Outro melhor não pode haver.
Obrigado, Marie.
Outro melhor não pode haver.
Obrigado, Marie.
quinta-feira, abril 02, 2009
caderninho
quarta-feira, abril 01, 2009
Caracteres móveis - Nietzsche
Cristão é o ódio mortal contra os senhores da Terra, contra os «nobres» -- e ao mesmo tempo uma concorrência oculta e secreta (-- deixa-se-lhes o corpo, apenas se lhes quer a «alma»). Cristão é o ódio ao espírito, ao orgulho, à coragem, à liberdade, à libertinage do espírito; cristão é o ódio contra os sentidos, contra a alegria do sentidos, contra a alegria em geral...
O Anticristo
(tradução de Tavares Fernandes)
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