Há uma torneira sempre a dar horas
há um relógio a pingar nos lavabos
há um candelabro que morde na isca
há um descalabro de peixe no tecto
Há um boticário pronto para a guerra
há um soldado vendendo remédios
há um veneno (tão mau) que não mata
há um antídoto para o suicídio de um poeta
Senhor, Senhor, que digo eu?
Que ando vestido pelo avesso
E furto chapéu e roubo sapatos
E sigo descalço e vou descoberto
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in JL, n.º 1010, 17 de Maio de 2009
foto daqui
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