Primeira premissa: o conflito no Donbass, que opõe russos e ucranianos, e tudo o que decorreu desde 2014, ou seja, uma guerra que leva oito anos e que a diplomacia própria (Rússia-Ucrânia) e alargada não resolveu.
Segunda premissa: a interferência insolente norte-americana no coração russo -- Kiev (por alguma razão tem sido poupada) --, o culminar de um cadastro de alargamento da Nato às fronteiras da Rússia, que só os inocentes não vêem (desconto os aldrabões de serviço).
Conclusão: a não ser que a estratégia americana saia vitoriosa -- a corrosão do poder na Rússia, com o afastamento de Vladimir Putin --, a Ucrânia como a conhecemos já foi.
Vale isto uma guerra? Para nós, confortavelmente sentados à beira da Finisterra, cm uma história de 900 anos em que só queremos que nos deixem em paz, nem percebemos bem o porquê. Mas falamos com a barriga cheia de estado-nação; só tivemos disso vislumbre quando os povos por nós colonizados decidiram achar que já chegava. Para os outros, a começar já aqui ao lado na Catalunha, no País Basco ou até na Galiza, da Flandres à Escócia, da Bretanha ao Donbass, vale o que tiver de valer.
A História é como as dívidas dos países; não se resolve, gere-se, já dizia Sócrates, José.
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