Em primeiro lugar, a racionalidade: alguém que mede as consequências dos seus actos e percebe quem está do outro lado: um espertalhaço como Trump ou um caquético meio tonto como Biden, manobrado pelo (ou integrado no) complexo militar industrial dos Estados Unidos -- que crédito pode merecer alguém que alinhou na invasão do Iraque, embarcando com o simplório W. e com infame Cheney e restante quadrilha?
Depois, um efectivo poder militar que não hesita em usar quando sente a Rússia ameaçada. Ele foi claríssimo e incisivo quando exigiu a NATO ao largo das fronteiras -- a Ucrânia -- a partir de onde um míssil levará três minutos a chegar a Moscovo. Os americanos perceberam-no bem e já mudaram o discurso, acompanhados pela Alemanha do novo chanceler, Olaf Scholz.
A Nato na Ucrânia é uma piada de mau gosto, em que alinham os europeus amestrados, sem grande dignidade. O sec-geral da Nato, o presidente do Parlamento Europeu, enfim...
Claro que a barragem de propaganda que nos é servida maciçamente, com a cumplicidade e/ou a ignorância bovina dos media, sugestiona os incautos; embora países como os estados bálticos ou a Polónia possam ter uma compreensível sensibilidade à flor da pele, é importante que não se deixem manobrar pelos freedom fighters da Casa Branca.
Qualquer um que tenha um bocado de conhecimento das tensões leste-oeste da Guerra Fria quando se pronuncia o nome Finlândia sabe o que significa o conceito de soberania limitada. É o que a Ucrânia deverá querer, para seu próprio bem. Não havendo bom senso -- e vamos acreditar que nenhuma III (e última) Guerra Mundial começará por causa da Ucrânia -- não havendo bom senso, será o fim do país, uma parte tomada pelos russos, a outra parte como república fantoche dos americanos.
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