Talvez influenciados por esses extraordinários democratas e combatentes pela liberdade -- desde o tempo das Repúblicas das Bananas da América Central ao glorioso derrube de Saddam -- outro marco na história da democracia, dos direitos humanos e da decência, já gora -- o Parlamento Europeu juntou-se à ofensiva anti-russa levada a cabo pelos Estados Unidos, com os estados-marionetes atrelados.
Ninguém sabe o que é Navalny, só o próprio ou pouco mais. Por mim, suspeito que seja um agente da CIA; mas dou-lhe o benefício da dúvida. O problema aqui não é Navalny mas o Parlamento Europeu que se presta a a fazer uma figura miserável, com a agravante de ser tolerante com a perseguição desumana que estão a fazer a Assange -- alguém a quem objectivamente todos devemos muito. E não falo no fantástico Edward Snowden, que se refugiou num dos raros países em que podia estar a salvo de uma condenação pesadíssima. Falar em Snowden é tabu para estes tipos sem nenhuma dimensão política.
A vergonha. Sou europeísta, sempre fui, e não sou dos que, contestando determinadas orientações políticas, pretendem deitar fora o bebé com a água do banho. Portanto, o meu sentimento de ultraje é grande, não apenas pelo facto de a UE e o PE se comportarem como paus-mandados dos interesses americanos, mas também pela cumplicidade que têm demonstrado no caso Assange.
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