«Dali o barão, um pouco à vontade, mais fora do alcance de encontros inoportunos, continuava a perscrutar com exclusivismo ardente as imediações do Circo fronteiro. Ao descortinar na sombra dos extremos da rua qualquer escorço vago de adolescente que viesse a crescer, aproximando-se, o seu olhar piscante de míope contraía-se numa crispação de expectativa angustiada, e seguia-lhe vorazmente os movimentos, até poder analisá-lo, adivinhá-lo bem na conformação, no tipo, na plástica, no modo de vida provável, nas predilecções sensuais do temperamento, quando o rapaz entrava na zona duramente iluminada pelo renque de bicos de gás tremebrilhando sobre o portal do Circo.» O Barão de Lavos (1891)
as biografias de Jaime Brasil
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*Diderot* *«**O amaneirado, o precioso, o ridículo século XVIII, o século
das perucas empoadas, das casacas de seda, das camisas de bofes, dos
vestidos d...
Há 5 horas
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