Quando me pus a ler, pela primeira vez, A Selva (1930), de Ferreira de Castro, já no final da minha adolescência (a capa é essa mesma, em baixo, à esquerda), deparei-me com um incipit que me deu a sensação de que isto era diferente do costume:
«Fato branco, engomado, luzidio, do melhor H. J. que teciam as fábricas inglesas, o senhor Balbino, com um chapéu de palha a envolver-lhe em sombra metade do corpo alto e seco, entrou na "Flor da Amazónia" mais rabioso do que nunca.»
Digamos que não vislumbrava aqui burrinhos de João Semana, burgueses da lísbia ociosa, ceifeiros rebeldes ou malteses, nem professores frustrados & outros poucos terciários enconados com a vida. Não, isto era diferente.
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32.ª edição, Lisboa, Guimarães & C.ª, 1980.
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